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A Associação Ritual Purple - Crohn/Colite Portugal é mantida por um grupo de pessoas com Doença

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NOVIDADES

💜 Nova T-shirt de Sensibilização para as Doenças Inflamatórias do Intestino (DII) – Já Disponível! 💜

A Associação Crohn Colite Portugal tem o prazer de anunciar o lançamento da nova T-shirt de sensibilização para as Doenças Inflamatórias do Intestino (DII) deste ano! Esta iniciativa visa aumentar a conscientização sobre a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa, promovendo a união e o apoio à comunidade de pessoas com DII em Portugal.

👕 Frase escolhida pela comunidade – A mensagem estampada na T-shirt foi selecionada pela nossa incrível comunidade de pessoas com DII, refletindo a força, resiliência e esperança que nos une na luta contra a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa.

🤝 Parceria com a Avião de Encomenda – Este projeto é possível graças à parceria com a Avião de Encomenda, que nos ajuda a tornar esta campanha uma realidade.

💖 Parte do lucro das vendas será revertida para as atividades da Associação Crohn Colite PT – Ao comprares esta T-shirt, estás a apoiar diretamente as nossas iniciativas de sensibilização, apoio e educação sobre as Doenças Inflamatórias do Intestino em Portugal.

👉 Encomenda já a tua T-shirt de sensibilização para a Doença de Crohn e Colite Ulcerosa e junta-te a nós na missão de dar visibilidade às DII!
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🙏 Cada T-shirt é mais do que uma peça de roupa – é um símbolo de força, apoio e esperança para a comunidade de pessoas com DII em Portugal. Juntos, somos mais fortes! 💪💜

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NOVIDADES

Aviso Importante sobre a Disponibilidade de Colestiramina (Quantalan)

Queremos informar-te sobre a atual situação relativa ao medicamento Quantalan (colestiramina 4000 mg, pó para suspensão oral), utilizado por muitas pessoas com DII (Crohn ou Colite Ulcerosa) para tratar diarreias de diversas origens, e outras pessoas com doença para controlar níveis de colesterol e aliviar prurido devido à obstrução biliar parcial.

De acordo com o INFARMED, houve uma rutura no abastecimento deste medicamento no mercado, que se prolongará até 16 de maio de 2025. Esta falta de stock foi comunicada pela empresa responsável, Cheplapharm Arzneimittel GmbH.

O que está a ser feito?

Para mitigar esta situação, o INFARMED tem acompanhado de perto o problema e, em colaboração com a empresa, conseguiu importar embalagens rotuladas em língua estrangeira, que estarão disponíveis nas unidades hospitalares.

O que isto significa para os doentes

  • Para os doentes em tratamento: A prescrição de colestiramina deverá ser limitada aos doentes que já estejam a utilizar o medicamento, sempre que não seja possível utilizar uma alternativa terapêutica.
  • Para os novos doentes: Não deverão ser iniciados novos tratamentos com Quantalan até que o abastecimento seja normalizado.

O que podes fazer para ajudar?

Pedimos a todos os doentes que, sempre que possível, adquiram apenas a quantidade necessária de medicamento. Como as quantidades disponíveis são limitadas, a colaboração de todos é fundamental para garantir que todos os pacientes em tratamento possam ser atendidos.

Além disso, queremos alertar para a importância de uma gestão cuidadosa das embalagens disponíveis, de modo a garantir que ninguém fique sem o medicamento necessário.

O que está a ser feito pelas farmácias e distribuidores?

  • As farmácias serão orientadas a dispensar o medicamento apenas para tratamentos de até 1 mês, de forma a permitir que mais doentes possam ser atendidos.
  • A distribuição do medicamento entre as farmácias será feita de forma equitativa e rigorosa, para garantir que todos os doentes possam ter acesso ao tratamento.
  • A exportação do medicamento está proibida até que o abastecimento se normalize.

Agradecemos a compreensão e colaboração de todos neste período de dificuldades. Juntos, conseguiremos garantir que os que mais necessitam de tratamento possam continuar a ser atendidos.

Se tiverem dúvidas ou precisarem de mais informações, estamos à disposição para ajudar.

NOVIDADES

Doenças Inflamatórias do Intestino e Saúde da Mulher: A Urgência da Investigação

(artigo publicado no dia 8/03/2025) no Observador)

No Dia Internacional da Mulher, celebramos conquistas, mas também reforçamos as necessidades que persistem. Entre muitas outras, está a necessidade de maior investigação sobre a saúde das mulheres, especialmente no que toca às Doenças Inflamatórias do Intestino (DII), que incluem a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa. Apesar de estas doenças afetarem homens e mulheres mais ou menos na mesma proporção, as DII apresentam desafios específicos para as mulheres, que ainda não são suficientemente estudados. Isto, obviamente, coloca em risco o tratamento ótimo para mulheres que sejam diagnosticadas com estas doenças.


As DII, que englobam a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa, são doenças crónicas, inflamatórias e imprevisíveis, diagnosticadas maioritariamente entre os 15 e os 35 anos. São doenças que afetam mais de 25 mil pessoas em Portugal, milhões em todo o mundo e que impactam profundamente a qualidade de vida da pessoa.

No contexto da saúde da mulher, as especificidades relacionadas com a DII são frequentemente negligenciadas, refletindo um viés de género que ainda persiste no campo da medicina. Este viés pode ter consequências profundas, tanto no diagnóstico quanto no tratamento da doença.

As DII, sendo doenças crónicas, afetam não só a função gastrointestinal, mas também o bem-estar físico, emocional e social das utentes. Para as mulheres, isto pode ser agravado por fatores hormonais. A relação entre a DII e o ciclo menstrual, por exemplo, é uma área pouco estudada, mas já se sabe que as flutuações hormonais podem influenciar tanto a intensidade dos sintomas como a resposta ao tratamento.

Outro ponto importante é a interação entre a DII e a saúde reprodutiva. Mulheres com DII podem enfrentar dificuldades adicionais em relação à fertilidade, especialmente se a doença estiver ativa ou se houver a necessidade de tratamentos agressivos, como alguns tipos de cirurgia e alguns tipos de medicação imunossupressora. Além disso, a gravidez pode ser uma fase delicada para mulheres com DII, sendo que o controlo da doença durante a gestação é fundamental para garantir tanto a saúde da mãe como do bebé.

Além disso, o viés de género na medicina faz com que muitas mulheres enfrentem dificuldades no diagnóstico, devido à desvalorização dos sintomas ou à sua confusão com outras condições de saúde.


Embora a investigação científica e clínica sobre as DII tenha avançado nos últimos anos, a falta de estudos específicos que analisem as diferenças de género na manifestação e tratamento das DII é uma lacuna importante. Muitos estudos não analisam nem diferenciam géneros, não investigam as particularidades das mulheres, e isto reflete-se, naturalmente, na insuficiência de orientações médicas específicas para este grupo de doentes.

Além disso, a escassez de informação específica sobre como a DII afeta a qualidade de vida das mulheres em fases específicas, como a puberdade, a gravidez e a menopausa é uma questão crítica. As mulheres com DII têm muitas vezes de lidar com estas transições de vida sem o apoio necessário, o que pode agravar a sua condição e aumenta a sensação de impotência. É por isso que muitas mulheres com DII se sentem desamparadas quando procuram respostas, por exemplo, sobre a segurança dos tratamentos durante a gravidez ou os impactos da doença na sua vida reprodutiva. A desinformação e o medo levam, por vezes, a decisões desnecessárias, como evitar a gravidez ou interromper tratamentos essenciais. E isto tem como consequência o agravamento do seu quadro clínico, um maior impacto na sua qualidade de vida, na sua saúde mental.


No Dia Internacional da Mulher, a Associação Crohn Colite Portugal relembra que é essencial que as mulheres com DII, em Portugal e em todo mundo, recebam o reconhecimento que merecem! O caminho passa por mais estudos, maior sensibilização e mais apoio para garantir que todas as mulheres com DII tenham acesso a um acompanhamento médico adequado e personalizado. Só assim será possível garantir uma abordagem mais justa, equitativa e eficaz no tratamento da doença inflamatória do intestino.
Investir na saúde das mulheres é investir no futuro. Que o Dia Internacional da Mulher sirva não apenas para refletir, mas também para agir.

Vera Gomes, Presidente Associação Crohn Colite Portugal

NOVIDADES

Novo regime de comparticipação nutrição entérica: O Que Significa para Pessoas com Doença de Crohn e Colite Ulcerosa?

A Portaria n.º 82/2025/1, de 4 de março, que descreve o regime excecional de comparticipação para a nutrição entérica e suplementação nutricional, com foco na nutrição clínica, tem um impacto direto na qualidade de vida de pessoas com doenças inflamatórias do intestino (DII), como a Doença de Crohn e a colite ulcerosa. Estas condições frequentemente comprometem a absorção de nutrientes, levando a desequilíbrios nutricionais graves, que exigem intervenções alimentares específicas, como a nutrição enteral ou a suplementação.

Explicação da Portaria

Para os doentes com DII, o que é importante entender nesta portaria é que ela trata da comparticipação (ou seja, o pagamento parcial pelo Serviço Nacional de Saúde – SNS) de alguns tipos de alimentos e suplementos especializados que podem ser necessários para garantir uma nutrição adequada. As doenças inflamatórias do intestino, como a Doença de Crohn e Colite Ulcerosa, frequentemente causam problemas na absorção de nutrientes, o que pode levar a um quadro de desnutrição. Nesse caso, é essencial que o doente receba apoio nutricional especializado, que pode vir de dietas especiais, fórmulas alimentares ou suplementos.

A portaria menciona três tipos principais de produtos que podem ser utilizados como parte do tratamento nutricional:

  1. Formulações Entéricas (FE): Fórmulas líquidas ou em pó, administradas por via oral ou por sondas, que substituem a alimentação normal.
  2. Formulações Modulares (FM): Suplementos que contêm um único nutriente (proteínas, carboidratos, gorduras, fibras).
  3. Suplementos Nutricionais Orais (SNO): Suplementos que são usados quando a ingestão alimentar do paciente não é suficiente.

Esses produtos, agora, serão parcialmente pagos pelo SNS. Em 2025, o SNS pagará 37% do custo, e esse valor irá aumentando nos anos seguintes, chegando a 90% em 2027.

Posição da Associação Crohn Colite PT

A nossa posição, enquanto associação de doentes com doenças inflamatórias do intestino, é de apoio condicional à medida. A introdução do regime de comparticipação para nutrição enteral e suplementação oral é um passo positivo, pois reconhece a necessidade de apoio nutricional especializado para pacientes com condições como as DII. Contudo, existem limitações que precisam ser evidenciadas:

  1. Acesso Restrito a Certos Produtos: Embora a portaria cubra formulações entéricas e suplementos nutricionais, muitos doentes de DII necessitam de uma variedade maior de produtos, como fórmulas mais específicas ou com composições mais complexas, que não estão claramente incluídas na lista. Isto pode restringir o acesso a opções que atendam melhor às necessidades individuais dos pacientes.
  2. Critérios de Prescrição Restritos: A prescrição dos produtos está limitada a médicos especialistas de determinadas áreas (oncologia, medicina interna, endocrinologia-nutrição, gastroenterologia e pediatria). No geral, esta restrição deixa de fora muitos utentes seguidos noutras especialidades ou por outros profissionais de saúde(por exemplo neurologia, nutrição, cardiologia, entre outros). Para pessoas com DII, que podem ser tratados por outros especialistas (por exemplo cirurgiões), esta limitação pode dificultar o acesso ao tratamento adequado de nutrição.
  3. Desigualdade no Acesso: A comparticipação é apenas válida para os beneficiários do Sistema Nacional de Saúde (SNS). No entanto, uma parte significativa de pessoas com DII pode ser atendida por serviços privados ou ter acesso limitado ao SNS. Isso cria uma desigualdade no acesso a esse apoio nutricional, especialmente para quem não consegue obter a prescrição médica de um especialista dentro do SNS.

Limitações da Portaria

  • Falta de Flexibilidade nos Produtos: A portaria define de maneira muito rígida os tipos de produtos que podem ser comparticipados (formulações entéricas, modulares e suplementos orais). Doentes com necessidades nutricionais específicas podem precisar de outros tipos de suporte alimentar que não estão contemplados.
  • Exigências de Prescrição Restritivas: Apenas médicos especialistas de algumas áreas podem prescrever os produtos, o que pode ser um obstáculo para doentes que não estão sob acompanhamento direto desses especialistas, nem monitorizados por nutricionistas.
  • Falta de Foco em Todos os Doentes, incluindo pessoas com DII: Muitos doentes podem não ter acesso a este apoio nutricional adequado, dependendo do seu contexto clínico e do tipo de tratamento que recebem. Além disso, o impacto do regime de comparticipação pode ser mais limitado em áreas onde o acesso ao SNS é mais difícil
  • Desafios na implementação do regime de comparticipação: Embora a medida seja positiva, a falta de equipas especializadas em nutrição enteral e suplementar em alguns hospitais pode causar atrasos no diagnóstico e prescrição, prejudicando o tratamento de doentes com DII.
  • Atrasos no processo de aprovação de produtos: As empresas terão que submeter, para cada produto, um pedido de aprovação de comercialização junto ao INFARMED. Isto pode resultar em atrasos na disponibilização dos produtos com o regime de comparticipação para os doentes, uma vez que a falta de clareza sobre os critérios, prazos e procedimentos pode afetar o acesso à comparticipação.
  • Impacto da entrada em vigor da portaria: Com a entrada em vigor da portaria marcada para 1 de agosto de 2025, os doentes terão que esperar até essa data para começar a beneficiar da comparticipação, o que pode ser um grande obstáculo para quem já necessita de suporte nutricional atualmente. A partir dessa data, os produtos estarão disponíveis nas farmácias de oficina (farmácia comunitária), conforme as orientações do INFARMED e das autoridades de saúde.

Medidas para Implementar no Futuro

Como associação, nossa função é defender os direitos dos doentes e garantir que as políticas públicas respondem de maneira eficaz às necessidades da população com DII em Portugal. Estamos por isso a considerar algumas ações importantes que poderemos tomar:

  1. Advocacia para uma Maior Inclusão de Produtos: Precisamos pressionar as autoridades de saúde para que mais tipos de suplementos e fórmulas, que respondem a necessidades específicas de doentes com DII, sejam incluídos neste regime de comparticipação.
  2. Expansão dos Critérios de Prescrição: Vamos lutar para que os critérios de prescrição sejam alargados, permitindo que outros profissionais de saúde possam prescrever os produtos, facilitando o acesso dos todos doentes que necessitam a estes tratamentos.
  3. Promoção de Igualdade no Acesso: Devemos trabalhar para garantir que todos os doentes, independentemente de estarem no SNS ou em consultas privadas, ou da especialidade médica em que são seguidos, tenham o direito de beneficiar deste regime de comparticipação.
  4. Apoio a Iniciativas de Educação Nutricional: Podemos colaborar com outras associações de de doentes e profissionais de saúde para criar programas educativos que ajudem os pacientes com DII a entender melhor a importância da nutrição adequada e a como aceder aos produtos de nutrição enteral e suplementação oral.
  5. Monitorização e Feedback sobre a Efetividade da Medida: É essencial acompanhar de perto a implementação desta portaria, monitorizando como esta está afeta os doentes e alertando para eventuais falhas ou necessidades de ajustes.

Embora a portaria seja um passo positivo, a mesma ainda apresenta limitações que podem afetar negativamente pessoas com DII. A nossa associação, a Associação Crohn Colite PT, continuará a trabalhar para garantir que as políticas de saúde pública respondem às necessidades reais e específicas desta população.

NOVIDADES

Comparticipação da Nutrição Entérica: Uma Vitória também para as pessoas com Crohn ou Colite Ulcerosa

Hoje, foi oficializado o regime de comparticipação da nutrição entérica! A Associação Crohn Colite PT quer expressar um sincero agradecimento a todos que contribuíram para esta conquista ao longo dos anos.

Esta foi uma luta que envolveu não apenas a nossa associação, mas também profissionais de saúde e outras associações de doentes, e a Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica demonstrando, mais uma vez, que a união e a persistência são essenciais para alcançar os nossos objetivos.

A Associação Crohn Colite PT irá partilhar em breve mais informações e detalhes para a nossa comunidade sobre este importante avanço.