As pessoas imunossuprimidas são consideradas grupo de risco no âmbito da COVID19, de acordo com as normas da Direcção Geral de Saúde. Estas orienações reflectiram-se na campanha de vacinação para a gripe de 2020, onde pessoas imunossuprimidas foram consideradas prioritárias, com vacinação gratuita, nos Centros de Saúde. Contudo, nos planos para a vacinação contra a covid19 apresentados pessoas imunossuprimidas depois ficam “esquecidas” dos grupos considerados de risco, e por consequência, dos grupos prioritários para vacinação.
Desde Março, tem sido grande o esforço das pessoas com Doença Inflamatória do Intestino em geral, e daqueles sob terapêutica imunossupressora, em particular, para garantirem a sua segurança. Este esforço foi feito muitas vezes com grande sacifício para a sua vida pessoal e profissional. Com todo o cenário económico que se vive e sem acesso à vacinação prioritária, este grupo de pessoas ficará ainda mais vulnerável no que diz respeito ao mercado de trabalho e, no caso dos mais novos, no acesso ao ensino.
Não esquecendo a gravidade da situação que se vive, e o impacto no Sistema Nacional de Saúde (SNS), é importante relembrar, que o acesso aos cuidados de saúde e o seguimento destas pessoas, doentes crónicos, sofreu e continua a sofrer constrangimentos que acabam por se transformar no agravamento do quadro clínico, com todos os custos que isso implica (por exemplo, mais absentismo, internamento hospitalar, etc).
É por isso natural, que pessoas nos grupos de risco queiram ver implementadas medidas, que são na sua génese razoáveis, que permitam acesso aos cuidados de saúde e a sua inclusão tanto na vida em sociedade como no mercado de trabalho.
Foi com base nisto, que a CrohnColitePT se pronunciou em a entrevista para a Antena 1 que está disponível para ouvirem no site da RTP.